quinta-feira, 18 de junho de 2009

Frequentemente, considera-se como origem da palavra dialéctica a palavra grega dialektikê, formada do prefixo diã e de logos, de onde dialogê, discussão, e o verbo dialegeyn, que significa terçar palavras ou razões, conversar, discutir, como também o adjectivo dialektikós, o que é concernente à discussão por meio do diálogo.
O prefixo diá, se indica reciprocidade, troca, também indica através de, aliás o mais usado, como vemos em palavras
como diáfano, diâmetro, diagonal, diástese, etc. Também
é empregado como passagem através de...
Diz, por exemplo, que "não haviam os antigos alcançado a uma lógica pura, e isto se devia por não terem compreendido
nem definido retamente seus conteúdos e sua extensão". Desconhece, sem dúvida, os trabalhos que tomistas e escotis-tas realizaram na busca de uma lógica especulativa, assim como Alberto Magno, os conimbrenses, Suarez e Vasquez de-dicaram-se a construção de uma lógica prática (utens).

Quando procura afirmar que a Lógica é uma ciência, como se tal afirmativa fosse nova, alega que os antigos haviam-na construído apenas como uma arte, e chega a concluir que a definição mais justa que se pode dar é a de Schleiermach: "a arte do conhecimento científico". Desconhece que há séculos
atrás, já se dizia que a lógica: "est scientia speculativa et ars liberalis ordinativa conceptum ad veritatem attingen-dam." E encontramos em Tomás de Aquino in Boeth, de Trin. q.5 a.l ad 2, e nos comentários à Metafísica de Aristóteles
lect. 4 n 476 sq. e nos comentários aos Tópicos I 18 e VIII 14, claríssimas declarações sobre o carácter científico da Lógica, e não apenas como um "Organon", como um instrumento
do conhecimento.
é um tópico extenso, mas é uma compilação de muita coisa que se encontra sobre publicação:
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=584300&tid=5319733393194521907

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Enquanto o prático faz, o especulativo tende ao saber. Nesse
sentido, a Lógica seria especulativa. É inegável que é ela uma arte prática, mas eminentemente especulativa.
O aspecto subjectivo da evidência, que se funda numa convicção, na adesão firme
do nosso espírito sem vacilações e sem temor de errar, e que muitos confundem com a fé, termina, em face do suceder
dos factos ou do próprio raciocínio, por revelar que a verdade que vivêramos ocultava um grave erro. Tudo isso justifica e valoriza o imenso trabalho através da ronda dos séculos, que empreenderam os grandes filósofos na busca
afanosa de encontrar regras e normas seguras que permitissem
um raciocínio isento, tanto quanto possível, de erros. A Lógica justifica-se pela própria deficiência humana. E seria
ingenuidade afirmar que esse conjunto de conquistas não constituísse já um corpus logicum tão útil ao homem que se dedica à perscrutação do que a natureza, e êle mesmo,
lhe ocultam aos olhos e até à inteligência.

terça-feira, 16 de junho de 2009

A maior parte, ante a impossibilidade de conseguir qualquer fundamento para as suas afirmações, falhos de um exame mais sólido do que constitui o campo do saber, tornam-se agnósticos, ou cépticos, e insuflam na juventude um cepticismo
que já está dando seus frutos. Essa juventude sem firmeza em suas ideias é presa fácil de qualquer barbarismocultural (perdoem a aparente contradição), e sem fé, nem confiança em si mesma, entrega-se ao imediatismo mais torpe e, o que é mais deplorável, torna-se inapta a realizar obras superiores.(Origem do Conceito de mente revolucionaria), o conceito de deus como a influência do logos para controlar os impulsos intelectuais
As chamadas contribuições modernas à Lógica não têm o valor exagerado que lhes emprestam seus autores. E encontramos
maior segurança, maior âmbito e maior firmeza no emprego do velho modo de pensar, que em muitos métodos
modernos, que não podem sequer prescindir deles. Contudo, não queremos negar certa contribuição moderna. Inegavelmente, a Dialéctica, como é entendida hoje, tem oferecido
meios para evitar o raciocinar abstractista, e permitir
um mais sólido raciocinar concreto. Mas, tais contribuições
vêm envolvidas com muitos erros, com muitas falsas
proposições, e métodos deficitários e insuficientes, que foram superados, com antecedência, por métodos que o tempo guarda em seu passado, e que a ignorância de muitos não permite deles tomar conhecimento, nem sequer saber usá-los.