quinta-feira, 18 de junho de 2009

Frequentemente, considera-se como origem da palavra dialéctica a palavra grega dialektikê, formada do prefixo diã e de logos, de onde dialogê, discussão, e o verbo dialegeyn, que significa terçar palavras ou razões, conversar, discutir, como também o adjectivo dialektikós, o que é concernente à discussão por meio do diálogo.
O prefixo diá, se indica reciprocidade, troca, também indica através de, aliás o mais usado, como vemos em palavras
como diáfano, diâmetro, diagonal, diástese, etc. Também
é empregado como passagem através de...
Diz, por exemplo, que "não haviam os antigos alcançado a uma lógica pura, e isto se devia por não terem compreendido
nem definido retamente seus conteúdos e sua extensão". Desconhece, sem dúvida, os trabalhos que tomistas e escotis-tas realizaram na busca de uma lógica especulativa, assim como Alberto Magno, os conimbrenses, Suarez e Vasquez de-dicaram-se a construção de uma lógica prática (utens).

Quando procura afirmar que a Lógica é uma ciência, como se tal afirmativa fosse nova, alega que os antigos haviam-na construído apenas como uma arte, e chega a concluir que a definição mais justa que se pode dar é a de Schleiermach: "a arte do conhecimento científico". Desconhece que há séculos
atrás, já se dizia que a lógica: "est scientia speculativa et ars liberalis ordinativa conceptum ad veritatem attingen-dam." E encontramos em Tomás de Aquino in Boeth, de Trin. q.5 a.l ad 2, e nos comentários à Metafísica de Aristóteles
lect. 4 n 476 sq. e nos comentários aos Tópicos I 18 e VIII 14, claríssimas declarações sobre o carácter científico da Lógica, e não apenas como um "Organon", como um instrumento
do conhecimento.
é um tópico extenso, mas é uma compilação de muita coisa que se encontra sobre publicação:
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=584300&tid=5319733393194521907

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Enquanto o prático faz, o especulativo tende ao saber. Nesse
sentido, a Lógica seria especulativa. É inegável que é ela uma arte prática, mas eminentemente especulativa.
O aspecto subjectivo da evidência, que se funda numa convicção, na adesão firme
do nosso espírito sem vacilações e sem temor de errar, e que muitos confundem com a fé, termina, em face do suceder
dos factos ou do próprio raciocínio, por revelar que a verdade que vivêramos ocultava um grave erro. Tudo isso justifica e valoriza o imenso trabalho através da ronda dos séculos, que empreenderam os grandes filósofos na busca
afanosa de encontrar regras e normas seguras que permitissem
um raciocínio isento, tanto quanto possível, de erros. A Lógica justifica-se pela própria deficiência humana. E seria
ingenuidade afirmar que esse conjunto de conquistas não constituísse já um corpus logicum tão útil ao homem que se dedica à perscrutação do que a natureza, e êle mesmo,
lhe ocultam aos olhos e até à inteligência.

terça-feira, 16 de junho de 2009

A maior parte, ante a impossibilidade de conseguir qualquer fundamento para as suas afirmações, falhos de um exame mais sólido do que constitui o campo do saber, tornam-se agnósticos, ou cépticos, e insuflam na juventude um cepticismo
que já está dando seus frutos. Essa juventude sem firmeza em suas ideias é presa fácil de qualquer barbarismocultural (perdoem a aparente contradição), e sem fé, nem confiança em si mesma, entrega-se ao imediatismo mais torpe e, o que é mais deplorável, torna-se inapta a realizar obras superiores.(Origem do Conceito de mente revolucionaria), o conceito de deus como a influência do logos para controlar os impulsos intelectuais
As chamadas contribuições modernas à Lógica não têm o valor exagerado que lhes emprestam seus autores. E encontramos
maior segurança, maior âmbito e maior firmeza no emprego do velho modo de pensar, que em muitos métodos
modernos, que não podem sequer prescindir deles. Contudo, não queremos negar certa contribuição moderna. Inegavelmente, a Dialéctica, como é entendida hoje, tem oferecido
meios para evitar o raciocinar abstractista, e permitir
um mais sólido raciocinar concreto. Mas, tais contribuições
vêm envolvidas com muitos erros, com muitas falsas
proposições, e métodos deficitários e insuficientes, que foram superados, com antecedência, por métodos que o tempo guarda em seu passado, e que a ignorância de muitos não permite deles tomar conhecimento, nem sequer saber usá-los.
Esta obra nasceu da convicção de uma necessidade peculiar
ã nossa época. Ninguém pode negar, ao examinar o espetáculo moderno, que a inteligência humana afunda-se nas brumas da confusão que invade todos os sectores. Nunca
se pensou de modo tão heterogéneo e tão vário, nunca as ideias mais opostas estiveram tão vivas em face umas de outras, e também nunca opiniões tão descabeladas conseguiram
impor-se a vastos círculos intelectuais, como se verifica
em nossos dias.
Na verdade, se observarmos com cuidado ás causas de factos que tanto entristecem os que desejam uma humanidade
mais sã, temos que debitar tal estado de coisas à fraca maneira de pensar do homem moderno, que facilmente se enleia nas teias de aranha de abstrusas ou de falsas ideias, e acaba por perder o norte, e desviar-se por caminhos que. cada vez mais o afastam do que desejaria alcançar. Esse estado de crise intelectual, que delineamos em "Filosofia da Crise", é a causa, sem dúvida, do desespero que domina muitas consciências.
O surgimento desta obra tem, entre muitos, o intuito de contribuir, dentro das nossas forças, para sanear o pensamento
e os modos de pensar, a fim de permitir que cada um possa guiar a si mesmo na busca do que há de mais elevado, e que tanto lhe oprime o coração e desafia a inteligência.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

...pois bastaria saber que contigo eu tive uma história para resto da minha vida, eu poderia me agrrar a tais lembranças e que apesar de qualquer revés que tenha sofrido, no fundo eu sou um vencedor...não se pode tirar de um homem que ele esteve na Lua, e se tivesse estado contigo, isso era algo que jamais me poderiam tirar...a marca de um troféu permanente...e recordar isso seria como resgatar da sinfonia a frase principal, aquela que dá sentido a música aquela que dá sentido a vida. E se alguém caiu em desgraça depois disso, este fato, essa memória, é a redenção permanente de todas as misérias futuras. Angústia...
A acuracidade deve substituir o conceito de liberdade, por um outro que mais precisamente se ajusta ao que seja realmente necessário ao desenvolvimento econômico. Mises não usa o conceito de liveraddae para fundamentar a teoria dos ciclos economicos, mas de acuracidade. Esme mesmo pressuposto é revelado no polologismo. Os debates, os tribunais e a estrutura de poder, a diferença entre ter uma idéia razoável e os desastres que tais idéias provocam, porque no fundo rivalidae com a a reflexão pessoal é a...a arte o interior. o icognoscível. cada um tem uma ideía, a idéia para depurar as idéias. os fóruns gregos.
Existe uma relação entre o grau de justificativa com que as pessoas adotam as crenças pessoais com a o grau de justiça com que essas mesmas pessoas aplicam nos relacionamentos pessoais. A percepção mais nítida dessa relação é um sinal inequívoco de que sua própria mente está se tornando mais acurada e precisa. A tendência em adotar crenças sem justificativa pode resultar tanto de um estado provisório próprio dos camminhos errados na continua apuração do que se consegue saber, quanto numa atitude de cegueira provocada por um desejo geral de não querer ver com nitidez o que não se suporta saber. É a diferença entre personalidades que estão se alimentando da experiencia e aquelas que se recuaram ante o horror do mundo externo. É uma tragédia que não se consiga fazer funcionar uma sociedade que nos previna de colocar essas últimas em posições de liderança e influência, porque sendo assim, perpetua-se o ciclo de desinformação onde alguém difunde a injustiça e obtusidade interna, provocando mais injustiça e mais obtusidades.

Uma logocracia é a medida do equilíbrio entre mudanças civilizatórias e revolucionárias
"Arte ou filosofia, ciência ou teologia, todas as formas da expressão do saber, somadas, não valem a visão interior da verdade, mesmo incomunicável."
Olavo de Carvalho ('Como vencer um debate sem precisar ter razão')

domingo, 14 de junho de 2009

ma atroslogo religião, hélio não- religião
Os maiores problemasdo miundo pe a desind crenlass justficadsas injustiça

sábado, 13 de junho de 2009

"O teatro grego é mais retórico e mais lirico do que o moderno. Os discursos extensos, que os gregos não se cansavam de ouvir, seriam insuportáveis para o expectador moderno, que prefere a ouvir discursos, ver e viver a ação."

Uma das exigências do Debate viável e lidar com essa dificuladade do apetite geral condicionado pelo cinema. Talvez a idéia do entusiasmo pelo jogo seja o caminho. Resgatar o sentimento grego que apoiava o debate e descobrir do que é feito.

trechos de Carpeaux

Alguém pode me dizer uma página e uma edição que contenham os trechos:

"Aristófanes tem um ideal ético. Isso lhe dá o direito de se referir ao mito, de modo que a relação entre mito e vida, base do estado ateniense, começa a desaparecer. Então a comédia assume a função abandonada. A comédia de Aristófanes é, do mesmo modo que a tragédia de Ésquilo, teatro religioso. É arte dionísica, daí os costumes fálicos."




"é quando a comédia abandona a louvação dos mitos e usa a 'liberdade de imprensa' até contra os deuses, escarnecendo implacavelmente as pobres divindades que não sabem defender a ordem dos "bons e velhos tempos" contra demagogos e dramaturgos. Os deuses de aristófanes são politiqueiros, demagogos e prostitutas, assim como seus representantes na terra. Pura farsa cósmica"

da História da Literatura Ocidental ?
03/02/07
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ocupado(a) Hëlio

É do Volume número 1 da História da Literatura Ocidental. Certeza eu não tenho porque existe a possibilidade de 1 em um bilhão de que algum engraçadinho tenha forjado falsos livros de Carpeaux, colocado uma capa igualzinha a verdadeira e espalhado em sebos e bibliotecas justamente nos locais que eu consultaria.

Creio que está próximo a página 101, porque na página 71 ainda era o assunto sobre tragédia grega.

Pag 71

"O teatro grego é mais retórico e mais lirico do que o moderno. Os discursos extensos, que os gregos não se cansavam de ouvir, seriam insuportáveis para o expectador moderno, que prefere a ouvir discursos, ver e viver a ação.

O grego, ao que parece, frequentava o teatro para se deixar convencer pela justeza de uma causa, como se estivesse assistindo à audiência do tribunal ou à sessão da assembléia.

E os requintes de retórica, superiores em muito aos pobres recursos da eloqüência moderna, não bastaram para este fim, acrescentando-se por isso, aos argumentos de raciocínio, as emoções da poesia lirica, acompanhada como sempre de música, de modo que a representação de uma tragédia grega se assemelhou, por assim dizer, às nossas grandes óperas. Mas a ópera moderna é gênero privativo das altas classes da sociedade, enquanto a tragédia grega era instituição do Estado democrático, e a participação nela era u direito e um dever constitucionais.

Assim a tragédia grega era um discurso parlamentar na qual se debatia, lançando-se mão de todos os recursos para influenciar o público, um mito da religião do estado.

Considerando-se isto, as concorrências dos poetas, que apresentaram peças, perdem o caráter de competição esportiva: a vitória não cabia ao maior poeta ou a melhor poesia dramática, mas a peça que impressionava mais profundamente; quer dizer, à peça no qual o mito estava reinterpretado de tal maneira de que o público se convenceria de sua interpretação e - podemos acertar - por isso o Estado o aceitava. Com a representação solene a causa estava julgada e a lei votada."
03/02/07

Felipe

Os trechos mencionados são citações (ligeiramente alteradas) de um parágrafo da História da Literatura Ocidental de Carpeaux, 2a. ed. rev. e at., Alhambra, Rio de Janeiro, 1978, vol. I, pág. 59.

O parágrafo, em sua redação original, diz:

Aristófanes tem um ideal ético. Isso lhe dá o direito de referir-se ao mito. A tragédia já desistiu do seu direito de reinterpretar o mito, de modo que a relação entre o mito e a vida, base do Estado ateniense, começa a desaparecer. Então, a comédia assume a função abandonada. A comédia de Aristófanes é, do mesmo modo que a tragédia de Ésquilo, teatro religioso. É arte dionisíaca: daí os costumes fálicos, as máscaras de animais. Apenas, Aristófanes usa sua "liberdade de imprensa" até contra os deuses, escarnecendo implacavelmente as pobres divindades que não sabem defender a ordem dos "bons velhos tempos" contra demagogos e dramaturgos. Os deuses de Aristófanes são politiqueiros, demagogos e prostitutas, assim como os seus representantes na terra. Pura farsa cósmica. Nunca mais o mundo viu uma coisa dessas.
03/02/07

Ana V.

Ana V.
são os que eu tenho, mas edição do ano de 1980! não lembrava mesmo, nem desse "pura farsa cósmica"
03/02/07
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ocupado(a) Hëlio

Muito obrigado.

As diferenças de texto se explicam possivelmente pelo fato de ser uma edição diferente e de eu a ter anotado com pressa. Neste edição acima mencionada, o trecho que atribui a página 71 deve ter outra página. Minha estimativa é que esteja próximo a página 20.
03/02/07
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ocupado(a) Hëlio

Usei um exemplar da Biblioteca Regional de Copacabana, bem antigo. Eu tinha um exemplar de capa cinza, mas desapareceu.
03/02/07

Felipe

O trecho mencionado acima, acerca das funções e características do teatro grego, está na pág. 52 da edição de 1978.
06/02/07
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ocupado(a) Hëlio

Pena que só agora vi este post. Se alguém quiser ver aonde tais trechos foram usados, vejam:

http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=2195607&tid=2511643806116096599&na=2&nst=38
6 mai

♪Letícia

Os intelectuais não têm a obrigação de transformar o mundo; o seu
dever é transfigurá-lo pela criação, a criação artística.

Otto Maria Carpeaux
[A cinza do purgatório]
12 mai

♪Letícia

Na origem da obra literária não está um acontecimento da vida do autor,
mas só a emoção, desatada por esse acontecimento; a obra é tanto mais
perfeita, quanto mais a emoção original está dominada, transformada em "forma".

Otto Maria Carpeaux
[A cinza do purgatório]

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Confronto bibliográfico
A definição euclidiana de paralela e a definição intuitiva.
A invenção do telescópio de Newton e a compreensão superior da Ótica. O conceito de ciência e de tecnologia. A descoberta tecnógica exige a tomada de decisões acertadas que a mera tentativa e erro não pode depurar em tempo hábil sem uma perspectiva de relações causais previamente definidas, que só uma descrição científica do fenômeno pode oferecer. Mediante a previsão adequada de como um fenômeno, do qual depende o funcinamento da máquina irá se comportar.

A teoria da relatividade é determinística e a mecânica quantica é contra intuitiva, pior, a escola de pensamento mais hegemônica se fundamenta numa perspectiva de conhecimento kantiana, que é a interpretação de compenhagen e nesse aspecto refuta também o Leibniz. Laplace.

É que a moldura imaginária que inspiram os nomes que atribuímos aos objetos matemáticos, não é capaz de construir uma relação coerente com os significados. Não dá para intuir a propriedades dos conceitos matemáticos ao fazer uma leitura de suas definições, é preciso imaginar uma série de causas e efeitos ou estalebecer uma conexão feliz com uma entidade representativa cuja reflexão pessoal coincide com sua estrutura de modo suficiente para resolver o problema em questão.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Jean Fourastié observava que, se ao lado da história dos progressos do conhecimento fizéssemos também a história da ignorância, o recenseamento e reconquista dos conhecimentos perdidos, o progresso seria muito maior.

Toda expressão do pensamento pode ser avaliado em função do grau de contribuição positiva ou negativa a mais importante das atividades mentais, que é a prática da reflexão pessoal dos atos realizados em juízo honesto e solitário sobre seu verdadeiro significado. Este é o pressuposto que aparece estar presente na tomada de posição do Olavo diante de cada produção intelectual, seja aprovando ou reprovando.

A importância do conceito de Deus se justificaria como a projeção de uma entidade que estaria acima do interesse de quem se submetesse ao seu escrutínio perfeitamente justo e sábio, garantindo uma auto-avaliação imparcial. A importância do livre arbítrio é porque dá sentido ao conceito de responsabilidade pessoal, importante para a auto-avaliação.

Portanto, as idéias que negam o reduzem o valor livre arbítrio, que negam a existência de Deus, que sugerem a impossibilidade de fazer uma auto-avaliação imparcial, que negam a possibilidade de que os atos possam ser verdadeiramente valorados, estão em conflito com o pressuposto da filosofia do Olavo. Isso explica a posição favorável em relação às religiões tradicionais ao se considerar o modo como estas contribuem para manutenção desta prática.

A oposição ao mecanicismo é por causa do papel que este cumpre a favor do conceito de determinismo, o que anula a possibilidade do livre arbítrio. A anulação do livre arbítrio reduz a importância da responsabilidade pessoal na auto-avaliação.

A oposição às teorias que sugerem a impossibilidade do conhecimento, o relativismo radical e a toda idéia que impõe limites excessivos ao ato cognitivo, se justifica em função de que tais teorias implicariam em reduzir a importância da auto-avaliação, já que negaria a efetividade de se valorar os atos praticados.

A oposição da perspectiva racionalista da natureza se explica na medida em que o racionalismo matemático sugere a possibilidade de planejamento onisciente de toda sociedade humana, o que dispensaria a atividade mental do indivíduo em função da imposição coletiva orientada desde cima.

Portanto, se alguma idéia ou produção intelectual sugere implicações que comprometam essa atividade mental de auto-avaliação, é porque em última análise, possui uma motivação imoral que pode estar imanente em algum pressuposto oculto. Essa motivação imoral se manifestaria como um transtorno espiritual implícito que se revelaria sob forma de dissonâncias intelectuais, como a paralaxe cognitiva. As dificuldades teóricas pertinentes aos problemas de auto-referenciação, seriam na verdade, a projeção tendenciosa de uma filosofia comprometida em rejeitar a importância espiritual da auto-avaliação. 

A concepção aristotélica da cultura reforça o significado desta perspectiva. A relação entre os transtornos cognitivos e as perturbações espirituais inerentes a recusa de auto-avaliação, se harmoniza com os fundamentos da filosofia Aristóteles.

Partindo das lições filosóficas de seu pai médico, que erigiu uma teoria geral da doença em função da harmonia orgânica, Aristóteles aplicou a idéia de sanidade mental para identificar no critério de coerência e unidade orgânica, os parâmetros que definiriam uma patologia que seria o inconsciente profundo do sofismo.

É por esta razão que em muitas das análises filosóficas do Olavo, é feita uma correspondência entre as falhas cognitivas e a manifestação de uma patologia psicológica como conseqüência da violação de coerência e unidade orgânica.

Os registros pavlovianos dos efeitos da estimulação incoerente nos animais revelariam o grau de veracidade dos critérios de sanidade mental-filosófica baseados na harmonia orgânica das crenças.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Resumo

Toda expressão do pensamento pode ser avaliado em função do grau de contribuição positiva ou negativa à mais importante das atividades mentais, que é a prática da reflexão pessoal dos atos praticados em juizo honesto e solitário sobre seu verdadeiro significado. Este é o pressuposto que aparece estar presente na tomada de posição do Olavo diante de cada produção intelectual, seja aprovando ou reprovando. A importância do conceito de Deus, é que a projeção de uma entidade como alguém que esteja acima de nosso interesse e a quem nos submeteríamos com seu  juízo e sabedoria perfeitos, garantiria uma auto-avaliação imparcial. A importância do livre arbítrio é porque dá sentido ao conceito de responsabilidade pessoal, importante para a auto-avaliação. Portanto, as idéias que negam o reduzem o valor livre arbítrio, que negam a existência de Deus, que sugerem a impossibilidade de fazer uma auto-avaliação imparcial, que negam a possibilidade de que os atos possam ser verdadeiramente valorados, estão em conflito com o pressuposto da filosofia do Olavo. A importância das religiões tradicionais se justificaria pelo modo como estas contribuem pela manutenção desta prática.


A oposição do Olavo ao mecanicismo, é por causa da papel que este cumpre a favor do determinismo que anula a possibilidade do livre arbítrio que reduz a importância da responsabilidade pessoal na auto-avaliação. A oposição do Olavo as teorias que sugerem a impossibilidade do conhecimento, o relativismo radical e toda aquela que impõe limites excessivos ao ato cognitivo, se justifica em função de que tais teorias implicariam em reduzir a importancia da auto-avaliação, já que negaria a efetividade de se poder valorar os atos praticados. A oposição do Olavo a perspectiva racionalista da natureza, se explica na medida em que o racionalismo matemático sugere a possibilidade de planejamento onisciente de toda sociedade humana, o que dispensaria a atividade mental do indivíduo em função da imposição coletiva orientada desde cima.

Portanto, se alguma idéia ou produção intelectual sugere implicações que comprometam essa atividade mental de autoavaliação, é porque em última análise, possui uma motivação imoral que pode estar imanente em algum pressuposto oculto. Essa motivação imoral se manifestaria como um transtorno espiritual implícito se revelaria sob forma de dissonâcias intelectuais, como a paralaxe cognitiva. As dificuldades teóricas pertinentes aos problemas de auto-referenciação,  seriam na verdade a projeção da tendência de uma filosofia comprometida, em rejeitar a importância espiritual da auto-avaliação. 

Falar de Aristóteles


Resumo da Filosofia do Olavo

Toda expressão do pensamento pode ser avaliado em função do grau de contribuição positiva ou negativa à mais importante das atividades mentais, que é a prática da reflexão pessoal dos atos praticados em juizo honesto e solitário sobre seu verdadeiro significado. Este é o pressuposto que aparece estar presente na tomada de posição do Olavo diante de cada produção intelectual, seja aprovando ou reprovando. A importância do conceito de Deus, é que a projeção de uma entidade como alguém que esteja acima de nosso interesse e a quem nos submeteríamos com seu  juízo e sabedoria perfeitos, garantiria uma auto-avaliação imparcial. A importância do livre arbítrio é porque dá sentido ao conceito de responsabilidade pessoal, importante para a auto-avaliação. Portanto, as idéias que negam o reduzem o valor livre arbítrio, que negam a existência de Deus, que sugerem a impossibilidade de fazer uma auto-avaliação imparcial, que negam a possibilidade de que os atos possam ser verdadeiramente valorados, estão em conflito com o pressuposto da filosofia do Olavo.

E cada religião de salvação exclusiva, faz uma promessa de propor aos iniciantes um sentido de justiça que seja a negação do mundo arbitrário próprio da natureza selvagem dos bichos que comem uns aos outros. Mas ao analisar as consequências lógicas dos esquemas de salvação, e comparar com os obstáculos práticos impostos pelas condições reais do mundo, não é possível resolver os problemas de se conciliar as dificulades de acesso aos requisitos de salvação com a idéia de mérito, responsbilidade e livre arbítrio, e estas duas com a natureza espiritual dos perecidos. No final, toda cultura doutrinária apenas serve para camuflar a perspectiva inicial de mundo arbitrário de luta pelos mais fortes colocando-a em um patamar cognitivo mais sofisticado.  

O sujeito da história é o ato cognitivo. O que prejudica a eficiência do ato cognitivo é nocivo, o que 

Os desejos são feitos de outros desejos. E formam um complexo.
Um complexo é uma pulsão que visa um comportamento, ou um ato
cujos componentes não podem ser identificados.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Fábulo

A espantosa realidade das cousas É a minha descoberta de todos os dias. Cada cousa é o que é, E é dificícil explicar a alguém quanto isso me alegra, E quanto isso me basta." [Alberto Caeiro]


OS HOMENS DESPERTOS VIVEM NA MESMA REALIDADE, OS QUE DORMEM VIVEM NUM MUNDO PARTICULAR, CRIADO PELA IMAGINAÇÃO.

Heráclito nos decía que cada uno de los hombres dormidos tiene su mundo propio; Y que, en cambio, los hombres despiertos tienen un mismo mundo: un mundo común.” (ZUBIRI, Xavier. El hombre y la verdad. Alianza editorial. 2006, p.147)



A FÉ NÃO SE OPÕE À INTELIGÊNCIA

"Portanto, a conexão entre a razão e a fé se encontra formalmente ancorada dentro da intelecção e não fora dela. Isto é, fé e razão não constituem em primeira linha dois domínios diversos, o domínio da razão e o domínio da fé, senão duas funções distintas da inteligência mesma" (ZUBIRI, X. El hombre y Dios, p. 188)

"Não se trata de que a fé leve à intelecção, nem de que esta leve àquela, senão de que ambos os aspectos constituem ‘unidade radical’ [...] A vontade de fundamentalidade como princípio de atitude é, pois, em si mesma, a unidade radical não só possível, senão real, do conhecimento de Deus e da fé nEle como opção livre pelo razoável" (Ibid,204)

The Life of Jesus Critically Examined

first published 1835
by David Friedrich Strauss
translated by George Eliot

The Quest of the Historical Jesus
by Albert Schweitzer

Drudgery Divine
On the Comparison of Early Christianities and the Religions of Late Antiquity (1994)

By Jonathan Smith 


Lucian, Volume IV 
Loeb Classical Library No. 162
by Lucian
translator A.M. Harmon

Miracles in Greco-Roman Antiquity
A Sourcebook for the study of New Testament Miracle Stories

by Wendy Cotter

Porphyry's Against the Christians
The Literary Remains

by R. Joseph Hoffmann, translator & editor

The Complete Dead Sea Scrolls in English
edited by Geza Vermes

The Error of the Pagan Religions
by Firmicus Maternus


The Nag Hammadi Library
edited by James M. Robinson


Collected Ancient Greek Novels
edited by B. P. Reardon


The Egyptian Book of the Dead
Raymond Faulkner, et. al., translators

1 Enoch
by George Nickelsburg, and James Vanderkam

Celsus On the True Doctrine
A Discourse Against the Christians
translated by R. Joseph Hoffman

The Ancient Mysteries : A Source book 
Sacred Texts of the Mystery Religions of the Ancient Mediterranean World 
Marvin W. Meyer (Editor)

Isis and Osiris 
in Moralia V
Loeb Classical Library #306

by Plutarch

The Golden Ass
or The Metamorphosis
by Apuleius

The New Complete Works of Josephus
translated by William Whiston

The Pythagorean Sourcebook and Library
Compiled and translated byKenneth Guthrie
Edited by David Fideler

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Moralidade

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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Moral deriva do latim mores, que significa "relativo aos costumes". Seria importante referir, ainda, quanto à etimologia da palavra "moral", que esta se originou a partir do intento de os romanos traduzirem a palavra grega êthica.

"Moral" não traduz, no entanto, por completo, a palavra grega originária. É que êthica possuía, para o gregos, dois sentidos complementares: o primeiro derivava de êthos e significava, numa palavra, a interioridade do ato humano, ou seja, aquilo que gera uma ação genuinamente humana e que brota a partir de dentro do sujeito moral, ou seja, êthos remete-nos para o âmago do agir, para a intenção. Por outro lado, êthicasignificava também éthos, remetendo-nos para a questão dos hábitos, costumes, usos e regras, o que se materializa na assimilação social dos valores.

A tradução latina do termo êthica para mores "esqueceu" o sentido de êthos (a dimensão pessoal do acto humano), privilegiando o sentido comunitário da atitude valorativa. Dessa tradução incompleta resulta a confusão que muitos, hoje, fazem entre os termos ética e moral.

A ética pode encontrar-se com a moral pois a suporta, na medida em que não existem costumes ou hábitos sociais completamente separados de uma ética individual (a sociedade é um produto de individualidades). Da ética individual se passa a um valor social, e deste, quando devidamente enraizado numa sociedade, se passa à lei. Assim, pode-se afirmar, seguindo este raciocínio, que não existe lei sem uma ética que lhe sirva de alicerce.

Alguns dicionários definem moral como "conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, éticas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupos ou pessoa determinada" (Aurélio Buarque de Hollanda), ou seja, regras estabelecidas e aceitas pelas comunidades humanas durante determinados períodos de tempo.

[editar]Moral e Direito

Moral é um conjunto de regras no convívio. O seu campo de aplicação é maior do que o campo do Direito. Nem todas as regras Morais são regras jurídicas. O campo da moral é mais amplo. A semelhança que o Direito tem com a Moral é que ambas são formas de controle social.

Existem algumas teorias que podem explicar melhor o campo de aplicação entre o Direito e Moral, quais sejam:

  • Teoria dos círculos secantes de Claude du Pasquier, segundo a qual Direito e Moral coexistem, não se separam, pois há um campo de competência comum onde há regras com qualidade jurídica e que têm caráter moral. Toda norma júridica tem conteúdo moral, mas nem todo conteúdo moral tem conteúdo jurídico;
  • Teoria dos círculos concêntricos (Jeremy Bentham), segundo a qual a ordem jurídica estaria incluída totalmente no campo da Moral. Os dois círculos (Moral e Direito) seriam concêntricos, com o maior pertencendo à Moral. Assim, o campo moral é mais amplo do que o do Direito e este se subordina à Moral.
  • Teoria do mínimo ético, desenvolvida por Georg Jellinek, segundo a qual o Direito representa apenas o mínimo de Moral obrigatório para que a sociedade possa sobreviver.

Moral significa, portanto, valor relativo ou absoluto da conduta humana dentro de um espaço de tempo. Também pode ser considerado como tudo aquilo que promove o homem de uma forma integral e integrada. Integral significa a plena realização do homem, e integrada, o condicionamento a idêntico interesse do próximo. Dentro desta concepção constitui-se como um bem o que não comprometa o desenvolvimento integral do homem e nem afete igual interesse dos membros da sociedade.

" Os egípcios, os babilônios, os chineses e os próprios gregos não distinguem o direito da moral e da religião. Para eles o direito se confunde com os costumes sociais. Moral, religião e direito são confundidos. Nos códigos antigos, encontramos não só preceitos jurídicos, como, também, prescrições morais e religiosas. O direito nesse tempo ainda não havia adquirido autonomia, talvez porque, como nota Roubier, 'nas sociedades antigas, a severidade dos costumes e a coação religiosa permitiram obter espontaneamente o que o direito só conseguiu mais tarde', com muita coerção."[carece de fontes]

Conclui-se que a moral vem antes do Direito, ou da ciência do Direito.

“Os romanos, organizadores do direito, definindo-o sob a influência da filosofia grega, consideraram-no como ars boni et aequi. (arte do bom e equitativo). O grande jurisconsulto Paulo, talvez compreendendo a particularidade do direito, sustentou que non omne quod licet honestum est.[1] Nem tudo que é lícito é honesto. Nem tudo que é legal é moral. O permitido pelo direito nem sempre está de acordo com a moral.”

“A moral tem por objeto o comportamento humano regido por regras e valores morais, que se encontram gravados em nossas consciências, e em nenhum código, comportamento resultante de decisão da vontade que torna o homem, por ser livre, responsável por sua culpa quando agir contra as regras morais.”

“O direito é:

  • heterônomo: por ser imposto ou garantido pela autoridade competente, mesmo contra a vontade de seus destinatários
  • bilateral: em virtude de se operar entre indivíduos (partes) que se colocam como sujeitos, um de direitos e outro de obrigações.
  • coercível: porque o dever jurídico deve ser cumprido sob pena de sofrer o devedor os efeitos da sanção organizada, aplicável pelos órgãos especializados da sociedade.

A moral é:

- autônoma pois é imposta pela consciência ao homem.

- unilateral: por dizer respeito apenas ao indivíduo.

- incoercível: o dever moral não é exigível por ninguém, reduzindo-se a dever de consciência.”[carece de fontes]

Referências

  1.  Paulo, Digesta 50.17.144
  • GUSMÃO, Paulo Dourado. Introdução ao estudo do direito, 28º Edição.
  • BATSON, D., & Ahmad, N. (2008). Altruism: Myth or Reality?. In-Mind Magazine, 6.