quinta-feira, 18 de junho de 2009

Diz, por exemplo, que "não haviam os antigos alcançado a uma lógica pura, e isto se devia por não terem compreendido
nem definido retamente seus conteúdos e sua extensão". Desconhece, sem dúvida, os trabalhos que tomistas e escotis-tas realizaram na busca de uma lógica especulativa, assim como Alberto Magno, os conimbrenses, Suarez e Vasquez de-dicaram-se a construção de uma lógica prática (utens).

Quando procura afirmar que a Lógica é uma ciência, como se tal afirmativa fosse nova, alega que os antigos haviam-na construído apenas como uma arte, e chega a concluir que a definição mais justa que se pode dar é a de Schleiermach: "a arte do conhecimento científico". Desconhece que há séculos
atrás, já se dizia que a lógica: "est scientia speculativa et ars liberalis ordinativa conceptum ad veritatem attingen-dam." E encontramos em Tomás de Aquino in Boeth, de Trin. q.5 a.l ad 2, e nos comentários à Metafísica de Aristóteles
lect. 4 n 476 sq. e nos comentários aos Tópicos I 18 e VIII 14, claríssimas declarações sobre o carácter científico da Lógica, e não apenas como um "Organon", como um instrumento
do conhecimento.

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