quarta-feira, 17 de junho de 2009

O aspecto subjectivo da evidência, que se funda numa convicção, na adesão firme
do nosso espírito sem vacilações e sem temor de errar, e que muitos confundem com a fé, termina, em face do suceder
dos factos ou do próprio raciocínio, por revelar que a verdade que vivêramos ocultava um grave erro. Tudo isso justifica e valoriza o imenso trabalho através da ronda dos séculos, que empreenderam os grandes filósofos na busca
afanosa de encontrar regras e normas seguras que permitissem
um raciocínio isento, tanto quanto possível, de erros. A Lógica justifica-se pela própria deficiência humana. E seria
ingenuidade afirmar que esse conjunto de conquistas não constituísse já um corpus logicum tão útil ao homem que se dedica à perscrutação do que a natureza, e êle mesmo,
lhe ocultam aos olhos e até à inteligência.

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