A oposição do Olavo ao mecanicismo, é por causa da papel que este cumpre a favor do determinismo que anula a possibilidade do livre arbítrio que reduz a importância da responsabilidade pessoal na auto-avaliação. A oposição do Olavo as teorias que sugerem a impossibilidade do conhecimento, o relativismo radical e toda aquela que impõe limites excessivos ao ato cognitivo, se justifica em função de que tais teorias implicariam em reduzir a importancia da auto-avaliação, já que negaria a efetividade de se poder valorar os atos praticados. A oposição do Olavo a perspectiva racionalista da natureza, se explica na medida em que o racionalismo matemático sugere a possibilidade de planejamento onisciente de toda sociedade humana, o que dispensaria a atividade mental do indivíduo em função da imposição coletiva orientada desde cima.
Portanto, se alguma idéia ou produção intelectual sugere implicações que comprometam essa atividade mental de autoavaliação, é porque em última análise, possui uma motivação imoral que pode estar imanente em algum pressuposto oculto. Essa motivação imoral se manifestaria como um transtorno espiritual implícito se revelaria sob forma de dissonâcias intelectuais, como a paralaxe cognitiva. As dificuldades teóricas pertinentes aos problemas de auto-referenciação, seriam na verdade a projeção da tendência de uma filosofia comprometida, em rejeitar a importância espiritual da auto-avaliação.
Falar de Aristóteles
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